Cerca de trezentas obras mais emblemáticas da Coleção Gulbenkian vão estar em exposição a partir de sábado na sede da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, durante o encerramento temporário do museu para obras de requalificação.
Intitulada ‘Coleção Gulbenkian. Grandes Obras’, a mostra expõe, até dia 1 de setembro, alguns dos tesouros daquela que é considerada “a mais extraordinária coleção reunida por um só colecionador, na primeira metade do século XX”, abrangendo mais de cinco mil anos de história, sublinha a Fundação, em comunicado.
Assinalando os 70 anos da morte de Calouste Gulbenkian (1869-1955), a exposição não pretende recriar o museu encerrado desde 18 de março, mas antes “explorar possibilidades museográficas que ultrapassam o formato tradicional das galerias permanentes, propiciando uma narrativa retrospetiva”, da Arte Déco à Antiguidade.
A requalificação do museu vai incidir na renovação do sistema de climatização, de iluminação e de segurança para adequar o edifício aos padrões e requisitos atuais na conservação e apresentação da coleção, e terá em conta a gestão do fluxo de visitas, atualmente “muito superior ao dos anos iniciais, com vista a melhorar a experiência dos visitantes”, indicou anteriormente a instituição.
O período de encerramento do museu dirigido por António Filipe Pimentel vai ainda ser aproveitado para restaurar e estudar algumas pinturas, com a colaboração do Laboratório Hércules da Universidade de Évora, acrescentou a fundação.