‘As mulheres de Maria Lamas’ é a exposição que vai estar patente no átrio da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, entre 26 de janeiro e 28 de maio.
Trata-se de uma exposição inédita, composta por 67 fotografias selecionadas pelo curador e colecionador Jorge Calado, a partir da obra ‘As mulheres do meu país’, que apresenta retratos de mulheres do campo, da serra, da orla costeira e do mar, nas docas, nas minas e nas fábricas, mas também professoras, enfermeiras, empregadas dos Correios, domésticas, serviçais, mães solteiras, prostitutas, entre outras.
Maria Lamas é considerada por Jorge Calado “a mais notável mulher portuguesa do século XX”, uma lutadora pelos direitos humanos e cívicos durante a ditadura do Estado Novo, que “sempre foi uma mulher de esquerda”.
“Conhecida como escritora e jornalista, não lhe chamo ativista, feminista, nem sufragista, porque sei que ela detestaria. Lutou para libertar as mulheres, não como mulheres, mas como cidadãs e seres humanos. Não são direitos das mulheres, mas de todos os seres humanos”, afirmou o curador, durante uma visita à imprensa.
Esta é a primeira vez que se expõe a fotografia de Maria Lamas em Portugal e é a sua primeira exposição individual, afirmou o curador, explicando que em 2009 já tinha apresentado em Paris oito fotografias de Maria Lamas, no âmbito de uma mostra dedicada a mulheres fotógrafas de todo o mundo.