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Ministério da Cultura avança com classificação da obra fonográfica de Zeca Afonso

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O Ministério da Cultura vai abrir um processo de classificação da obra fonográfica do músico José Afonso, como “conjunto de bens móveis de interesse nacional”.

Esta é a primeira vez que a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) inicia um processo de classificação de uma obra fonográfica, revelou o Ministério da Cultura em comunicado, na véspera de se assinalar o 91.º aniversário do nascimento de José Afonso.

Segundo a tutela, o processo de classificação ajudará a “consolidar informação relativa à obra gravada, publicada ou não, do artista”.

Com a decisão de abertura do processo de classificação, o Ministério da Cultura afirma que “ficam também criadas as possibilidades técnicas e processuais para que qualquer cidadão possa, a partir de agora, propor a classificação de um bem ou de um conjunto de bens fonográficos”.

Segundo a tutela, a possibilidade de se poder classificar um bem fonográfico faz parte de uma estratégia para o património sonoro, da qual constam medidas como “a criação de bases legais e técnicas relativas ao património sonoro, como é o caso do Arquivo Nacional do Som”.

José Afonso nasceu a 2 de agosto de 1929 em Aveiro e começou a cantar enquanto estudante em Coimbra, tendo gravado os primeiros discos no início dos anos 1950 com fados de Coimbra, pela Alvorada, “dos quais não existem hoje exemplares”, refere a associação na biografia oficial do músico.

“Voz de um povo sofrido, voz de denúncia, voz de inquietude. Voz sinete da revolução de abril”, como descreve a AJA, José Afonso gravou álbuns como “Cantares do Andarilho”, “Traz Outro Amigo Também”, “Cantigas do Maio”, “Venham Mais Cinco” e “Coro dos Tribunais”.

Autor de “Grândola, Vila Morena”, uma das canções escolhidas para anunciar a revolução de abril de 1974, José Afonso morreu a 23 de fevereiro de 1987, em Setúbal, de esclerose lateral amiotrófica, diagnosticada cinco anos antes.

Fonte: RR

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