Na Comissão de Cultura e Comunicação da Assembleia da República, realizada no dia 30 de junho, Graça Freitas, Ministra da Cultura, comprometeu-se a apresentar, até ao final de julho, a futura rede de centros de arte contemporânea, que incluirá o espaço a ser inaugurado no sábado, em Coimbra, para acolher a ex-coleção BPN.
“O novo espaço de arte que abre em Coimbra assume-se como um importante pólo no Centro do país da futura rede de centros de arte contemporânea, que apresentaremos no final do mês de julho”, afirmou Graça Fonseca hoje em Lisboa.
No sábado, é inaugurado em Coimbra um Centro de Arte Contemporânea que irá acolher a ex-coleção BPN (composta por perto de 200 obras de arte reunidas pelo ex-Banco Português de Negócios), adquirida no início do ano pelo Estado, por cinco milhões de euros.
O centro ficará instalado temporariamente num edifício onde funcionou o antigo Banco Pinto e Sotto Mayor, na Baixa da cidade, junto ao Arco de Almedina, adquirido pela autarquia há cerca de quatro anos. O destino final é o edifício da Manutenção Militar, localizado na avenida Sá da Bandeira.
A rede de centros de arte contemporânea será, de acordo com Graça Fonseca, “um espaço natural para a circulação da coleção do Estado e das demais coleções nacionais e municipais, descentralizando o acesso à Cultura, disseminando a arte contemporânea, apoiando a criação e a produção artística e contribuindo para a formação, a criação e o aumento dos novos públicos”.
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“No nosso olhar sobre o território e sobre o país, faz falta um centro de arte contemporânea na região Centro, com escala e com capacidade para constituir um ‘nó’ numa rede que tem já espaços muito importantes Lisboa-Porto. Mas precisamos de criar outros núcleos com dimensão, para podermos ter uma rede de circulação a nível nacional”, afirmou Graça Fonseca.
Questionada sobre a possível abertura de outros centros de arte contemporânea no país na atual legislatura, a ministra respondeu positivamente, escusando-se a avançar pormenores.
Graça Fonseca recordou haver “neste momento vários centros de arte contemporânea”, mas que “nem sempre se pensa neles ou nem sempre são tão evidentes uns como os outros”, dando como exemplo o Museu Nadir Afonso, em Chaves.
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Fonte: LUSA