O Museu do Côa recebeu 188.957 visitantes desde a abertura ao público, em 30 de julho de 2010, até ao final do primeiro semestre de 2017, e quer crescer, cativar turismo e servir uma estratégia de desenvolvimento regional.
Os dados foram avançados hoje, numa entrevista à agência Lusa, pelo presidente do Conselho Diretivo da Fundação Côa Parque, Bruno Navarro, por altura do sétimo aniversário do museu de Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda.
O responsável adiantou que uma das metas a atingir a médio prazo passa por cativar os fluxos turísticos que procuram o canal fluvial do rio Douro e atraí-los para visitar a “arte do Côa”, inserida em dois patrimónios mundiais reconhecidos pela UNESCO.
“Há cerca de um milhão de pessoas que fazem cruzeiros no Douro. Pretendemos abordar as empresas que promovem este tipo de negócio e desafiá-las a serem nossas parceiras, para que passem a atracar sistematicamente no cais do Pocinho e a encaminhar os seus turistas para uma visita ao Museu do Côa”, indicou.
A museografia do Côa foi concebida dentro de todo “o rigor científico”, como uma mostra explicativa dos ciclos de arte rupestre do Baixo Côa e Douro Superior, que se iniciam no Paleolítico superior, há mais de 25.000 anos.
“O Museu do Côa foi perspetivado para ser o grande centro de receção dos visitantes que se deslocam ao Vale do Côa, uma vez que as visitas aos núcleos de arte rupestre são mais circunscritas e demoradas. Assim, este equipamento cultural deve ser demandado por um tipo de turismo mais massificado”, explicou.
O futuro, segundo o responsável pela Fundação Coa Parque, é reforçar parcerias com os operadores turísticos que trabalham no canal fluvial do Douro, e incluir o Museu do Côa nos seus roteiros.
“Esta ideia de trazer mais turistas à `Arte do Côa` implica trabalhar em duas frentes: por um lado tentar captar esse turismo mais massificado, através das empresas ligadas ao turismo fluvial, por outro lado, aprofundar a nossa relação com as empresas de animação turística já instaladas no território e que podem ser atores privilegiados, não só para a divulgação do nosso património arqueológico, mas também do património natural e do património edificado”, defendeu Bruno Navarro.
Na opinião dos membros do novo Conselho Diretivo da fundação, é preciso apostar na divulgação da Arte do Côa, do Museu e do Parque Arqueológico, colocando-os ao serviço de uma estratégia de desenvolvimento regional.
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Fonte: RTP
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