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“Traço contínuo: colecção Norlinda e José Lima” exposição comissariada por Miguel Amado | por José Rosinhas

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Mostra patente no Núcleo de Arte Oliva Creative Factory em S. João da Madeira.

19 OUT 2013 a 03 MAI 2014

 

Comecemos por dizer que Oliva Creative Factory, espaço que acolhe o projecto expositivo, anteriormente designado por OLIVA foi uma das grandes indústrias metalúrgicas em S. João da Madeira e que para não fugir ao fado português caiu em declínio e fechou portas.

A Fábrica Oliva foi fundada a 31 de Julho de 1925, sob a orientação de António José Pinto de Oliveira e celebrou em 2000 o seu 75º aniversário. Em 2010, a fábrica fechou e esteve ao abandono até que em Outubro de 2013 abre portas como um centro de indústrias criativas, um business centre e com um espaço de arte contemporânea.

Assim, o Núcleo de Arte Oliva Creative Factory inaugura com a exposição de uma colecção particular de José Lima, um dos empresários de S. João da Madeira. Esta iniciativa resulta da parceira entre a Câmara Municipal de S. João da Madeira e o empresário, em que a entidade municipal se compromete em apresentar a colecção regularmente.

A angariação do espólio de José Lima teve início na década dos anos oitenta do século XX, tratando-se assim de uma colecção composta de quase mil obras de mais de um quarto de milhar de artistas portugueses e estrangeiros, agrupando assim obras de artistas entre o Pós II Guerra Mundial e a actualidade. Artistas presentes na colecção: Andy Warhol, Antoni Tàpies, Cindy Sherman, Damien Hirst, Helena Almeida, Joseph Beuys, Joaquim Rodrigo, Julião Sarmento, Júlia Ventura, Lourdes de Castro, Malangatana, Miguel Palma, Paula Rego e René Bertholo.

Salienta-se ainda duas das principais características da colecção:

– “Existência de vários artistas oriundos de regiões não ocidentais, nomeadamente da América Central e do Sul e da Africa de expressão portuguesa;

– Existência de vários artistas portugueses da década de 2000.”

A colecção apresenta colectivos, movimentos e temas, como por exemplo “narrativa e cidade”, “auto-representação e performatividade” e “engajamento e crítica social”.

 

Andy Warhol com a sua obra “Ice Hockey Player”, 1986; Joseph Beuys, com “Portrait of Joseph Beuys at the Solomon R. Guggenheim Museum”, 1979; e Cindy Sherman com uma obra sem título, (Cosmo Cover Girl), 1990-91, são três artistas e três obras presentes na exposição e que merecem a vossa visita.

 

 

José Rosinhas

Janeiro de 2014

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